Pesquisa sobre Cora Coralina
CORA CORALINA ENTRE ASPAS
Cora Coralina pseudônimo de Ana Lins dos Guimaraes Peixoto Bretas (1889-1985) mulher atemporal que nos encanta com sua poesia de “causos” não ensaiado mas vivido e revivido.
Entre doces e poemas esta mulher sem idade cronológica abomina a exclusão cultural, apesar de ter freqüentado só as três primeiras séries do curso primário, procura não perder tempo e autodidata esperta que era semeava e plantava através das palavras, seu vôo em direção a liberdade, demonstrando sua paixão pela vida e pelas letras.
Assim descreve em suas crônicas, contos e poemas a situação social da mulher de seu tempo.
Guerreira como toda fêmea que se preza, descreve as tarefas realizadas por elas na sociedade de seu tempo, entre finais do século XIX e início do século XX, ou seja: a benzedeira, a lavadeira, a cozinheira, a mulher do povo, a linguaruda, a proletária, a desabusada, a casca grossa, a roceira, a analfabeta, as pobrezinhas, a mulher da vida entre outras.
Em seu poema Oferta de Aninha, assim se expressa :
“Eu sou aquela mulher/ a quem o tempo/muito ensinou/ Ensinou a amar a vida/não desistir da luta/Recomeçar na derrota/ Renunciar a palavras e pensamentos negativos/ Acreditar nos valores humanos/ Ser otimista.”
Atualmente reconhecida como Patrimônio da cidade de Goiás em 1983 recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás assim como foi a primeira mulher a vencer o prêmio Juca Pato de Literatura.
Vera Gracia / 31 mar.2014
Referencia
SANCHES, D.F. Todas as vidas de Cora Coralina. Tese de mestrado