A jornada
(Baseado nas aulas sobre Ligya Fagundes Teles e Lya Luft).
Por este mundo caminho...
A estrada que trilho é longa e pedregosa.
A estrada que sigo é estreita e silenciosa.
A estrada que escolhi percorre áridos e arenosos.
Meus pés não estão calçados, nem minha cabeça protegida dos raios do sol.
Meus pés doem; são chagas que as pedras e os espinhos rasgaram.
Minha cabeça arede; é alvo do fogo que o céu derrama sobre mim.
Meus lábios estãos secos, a sede me atormenta.
Meus olhos estão vermelhos. A poeira não me deixa ver.
Todo o meu corpo sente a hostilidade da terra e do clima.
Mas, meu coração não para de embalar, suavemente, a semente da esperança, pois minha alma transborda de fé. Esqueço os tormentos da carne e acalento os gozos do espírito.
Quando parti, pela manhã, no caminho ainda não brilhava o sol. Só havia o frescor da madrugada, e os pingos de orvalho sobre as pedras. Tudo me convidava à jornada.
Eu levava na alma o vislumbrar de uma felicidade distante.
Eu levava na boca o doce sabor de uma palavra bendita.
Eu levava no coração o suave bater das asas de um pássaro.
Saí bem cedo, à procura de um tesouro para embelezar a minha vida.
Felicidade... Como espero encontrá-la, a cada passo, a cada instante!
Felicidade... Como a procuro em cada sonho, em cada ideal!
Felicidade... Hei de encontrá-la no fim dessa árdua jornada pelos caminhos do mundo, pois eu creio que ela existe!
"Enquanto não tiveres a certeza de qual caminho seguir, estareis andando em todas as estradas do mundo." Walter Grando