A jornada

30-11-2014 15:34

(Baseado nas aulas sobre Ligya Fagundes Teles e Lya Luft).

 

Por este mundo caminho...

A estrada que trilho é longa e pedregosa. 

A estrada que sigo é estreita e silenciosa.

A estrada que escolhi percorre áridos e arenosos.

Meus pés não estão calçados, nem minha cabeça protegida dos raios do sol.

Meus pés doem; são chagas que as pedras e os espinhos rasgaram.

Minha cabeça arede; é alvo do fogo que o céu derrama sobre mim.

Meus lábios estãos secos, a sede me atormenta. 

Meus olhos estão vermelhos. A poeira não me deixa ver.

Todo o meu corpo sente a hostilidade da terra e do clima. 

Mas, meu coração não para de embalar, suavemente, a semente da esperança, pois minha alma transborda de fé. Esqueço os tormentos da carne e acalento os gozos do espírito. 

Quando parti, pela manhã, no caminho ainda não brilhava o sol. Só havia o frescor da madrugada, e os pingos de orvalho sobre as pedras. Tudo me convidava à jornada.

Eu levava na alma o vislumbrar de uma felicidade distante.

Eu levava na boca o doce sabor de uma palavra bendita.

Eu levava no coração o suave bater das asas de um pássaro.

Saí bem cedo, à procura de um tesouro para embelezar a minha vida. 

Felicidade... Como espero encontrá-la, a cada passo, a cada instante!

Felicidade... Como a procuro em cada sonho, em cada ideal!

Felicidade... Hei de encontrá-la no fim dessa árdua jornada pelos caminhos do mundo, pois eu creio que ela existe!

 

"Enquanto não tiveres a certeza de qual caminho seguir, estareis andando em todas as estradas do mundo." Walter Grando