A palavra liberdade
A palavra liberdade
Essa palavra é usada em letra de música, nome de praças públicas, estátuas, como o famoso monumento americano, e num segmento religioso com a denominação "Teologia da Libertação". Em todas essas situações, ela é usada com "muita liberdade".
Será que na prática também? Em Rio Claro, temos a Praça da Liberdade. Houve um momento histórico, do qual me lembro muito bem, quando, na minha pré-adolescência, fui com meus pais e tios assitir um comício do fundador do Movimento Integralista, Plínio Salgado.
Um dos meus tios era ferrenho seguidor do Plínio, e até nos cansava de tabto fanatismo. Esse evento aconteceu, justamente, na Praça da Liberdade. Lembro, ainda, que ao chegar à PraçaPlínio Salgado foi recebido por seus militantes, vestidos de univ=forme verde, que mais parecia uma farda, e o cumprimentaram usando a palavra "ANAUÊ".
Eu, particularmente, achava tão engraçado que, em muitas de nossas brincadeiras de criança, repetíamos esse cumprimento uns com os outros.
LIBERDADE... é uma expressão, uma palavra muito forte,e até bela. Mas ela é usada e praticada, muitas vezes, de modo equivocado. Não podemos esquecer que os direitos possuem deveres em consignação; ou seja, faço isso ou aquilo em detrimento daquilo outro.
Entendo liberdade como teoria e prática, e essas nem sempre caminham juntas.
Pesquisando junto às minhas amigas voluntárias da Rede do Câncer, uma delas, a Carolina, falou de uma poesia que aprendeu ainda criança e gostaria de registrar aqui:
"Liberdade, embora tardia, foi o lema que os conjurados inconfidentes
escolheram para seus feitos arrojados,
Na bandeira branca escreveram, para divisa inspiradora
concretizando sonhos, todos, dessa falange libertadora.
Cedo não veio a liberdade, para essa gente escravizada,
só bem tarde foi que chegou, depois de ser tabto esperada!"