Em plena Alvorada - Exercício sobre Cora Coralina

25-03-2014 15:45

Em plena alvorada

                                                                                                                                             

Rio Claro, 24 de março de 2014, ainda escuro, antes das cinco da manhã, em plena alvorada.

Apesar das minhas dificuldades de ajuntar as palavras para explicar o que entendi, resolvi escrever alguma coisa sobre o tema abordado brilhantemente pela bossa professora de Literatura, e, como diz a Dona Dalva, a querida Sandra.

Diante de tantas coisas belíssimas, escolho esses versos para comentar:

“Recria tua vida, sempre. Remova pedras e planta roseiras, e faz doces. Recomeça.” Cora Coralina

São muitos os caminhos da vida, mas pelo nosso livre arbítrio podemos escolher aqueles que queremos percorrer.

Durante a caminhada, nos deparamos com os obstáculos, sejam grandes ou pequenos.

Mais uma vez, a nossa liberdade entra em ação. Podemos fazer o que quisermos, desistir ou continuar. Se optarmos por continuar, temos que recriar nossa vida, remover pedras, tarefa muito árdua a ser executada, mas desobstruir o caminho é necessário.

Plantando roseiras no intuito de colher lindas flores, mas a roseira traz consigo espinhos, o que dificulta a nossa tarefa, a nossa caminhada.

Fazendo doces. Após várias horas mexendo o tacho, com temperatura alta devido à proximidade com o fogo que cozinha o doce, a fumaça nos olhos. O doce borbulhando, espirrando fagulhas quentes, doces, mas quentes, deixando a doceira ainda mais exausta.

Mas, por sua determinação de se recriar e recomeçar, ficarão fora de seu caminho da vida as pedras, os espinhos, a fumaceira e as feridas causadas pelo borbulhar do doce quente caindo na pele.

Então, olhando para trás e vendo que tudo valeu a pena, enxergando a estrada limpa, com muitas flores, aproveita-se a doçura da vida, quem todos desejam.