Em plena Alvorada - Exercício sobre Cora Coralina
Em plena alvorada
Rio Claro, 24 de março de 2014, ainda escuro, antes das cinco da manhã, em plena alvorada.
Apesar das minhas dificuldades de ajuntar as palavras para explicar o que entendi, resolvi escrever alguma coisa sobre o tema abordado brilhantemente pela bossa professora de Literatura, e, como diz a Dona Dalva, a querida Sandra.
Diante de tantas coisas belíssimas, escolho esses versos para comentar:
“Recria tua vida, sempre. Remova pedras e planta roseiras, e faz doces. Recomeça.” Cora Coralina
São muitos os caminhos da vida, mas pelo nosso livre arbítrio podemos escolher aqueles que queremos percorrer.
Durante a caminhada, nos deparamos com os obstáculos, sejam grandes ou pequenos.
Mais uma vez, a nossa liberdade entra em ação. Podemos fazer o que quisermos, desistir ou continuar. Se optarmos por continuar, temos que recriar nossa vida, remover pedras, tarefa muito árdua a ser executada, mas desobstruir o caminho é necessário.
Plantando roseiras no intuito de colher lindas flores, mas a roseira traz consigo espinhos, o que dificulta a nossa tarefa, a nossa caminhada.
Fazendo doces. Após várias horas mexendo o tacho, com temperatura alta devido à proximidade com o fogo que cozinha o doce, a fumaça nos olhos. O doce borbulhando, espirrando fagulhas quentes, doces, mas quentes, deixando a doceira ainda mais exausta.
Mas, por sua determinação de se recriar e recomeçar, ficarão fora de seu caminho da vida as pedras, os espinhos, a fumaceira e as feridas causadas pelo borbulhar do doce quente caindo na pele.
Então, olhando para trás e vendo que tudo valeu a pena, enxergando a estrada limpa, com muitas flores, aproveita-se a doçura da vida, quem todos desejam.