Exercício "O Cão Achado"

24-07-2013 20:42

Cipriano Francisco Algor, de 1,80m, ruivo, cabelo liso, olhos claros, porte atlético,por ter sempre praticado esportes. Com 40 anos, Médico Veterinário, nasceu na cidade de Colatina, ES, cidade de um povo muito acolhedor, de aproximadamente 200 mil habitantes, clima quente, geográficamente montanhosa.Tendo o grande Rio Doce, passando bem no meio da cidade e uma ponte separando o populoso bairro de São Silvano do centro da cidade.

Cipriano cursou Veterinária na Universidade Federal de Campos, RJ, cidade onde fez boas amizades e resolveu trabalhar na profissão , até montar uma Clínica e Hospital Veterinário “São Francisco”. Solteiro, tornou-se “pai adotivo” de Marta Maria, uma doce menina de cabelos louros, olhos claros, que ficara órfão de pais.

Cipriano Francisco conheceu Kiria, mãe de Marta quando ela veio trabalhar em sua clínica. Vivia com uma filha de 5 anos para sustentar. Seu marido era representante de um laboratório de medicamentos. Morreu em um acidente de carro na estrada onde constantemente estava.

Marta Maria era uma criança muito esperta, inteligente que estava sempre com papel e lápis, desenhando desenhando tudo que sua imginação e olhos viam.A menina também tinha um cãozinho sem raça definida, o Duke, de pelagem curta, branca  no corpo e na cara meio branca e cor de mel.

Quando Marta Maria estava de férias da escolinha, Kiria levava a menina e o cãozinho junto ao trabalho, com permissão de Cipriano. Dessa convivência foi-se estabelecendo um grande afeto entre os três que Cipriano  resolveu ser a hora de ter uma família mas, infelizmente não conseguiu realizar este projeto de vida e nem mesmo deu tempo de pedir Kiria em casamento. Ela faleceu vítima de uma complicação cardíaca. Como Kiria não tinha familiares, Cipriano solicitou junto ao Forum da Comarca da cidade, guarda e responsabilidade sobre Marta Maria, já com intenção de adotá-la como filha.

Alguns anos depois, Cipriano conseguiu a adoção de Marta Maria como sua filha, o que fez ambos muito felizes.

A vida seguia seu curso tranqüilo, até que mais uma vez o destino quis que Cipriano  realizasse mais uma adoção em sua vida. Eis que surge em seu caminho  o cão Achado; um cão de porte médio de pelagem curta, preta e mel, cego do olho direito, sem raça definida, cheio de carrapato e faminto. Cipriano o encontrou deitado na calçada com respiração ofegante e com olhar de “piedade senhor”, quando saia da casa de um cliente onde fora atender a um cão doente. Como bom e humano veterinário que era, socorreu o cãozinho.

Marta ficou apaixonada pelo cãozinho, colocando-lhe o nome de  “Achado” e de maneira bem convincente pediu ao pai para ficar com ele.

Dona Helena, mãe de Cipriano, que era viúva, Assistente Social aposentada, veio morar com o filho, para ajudá-lo nos cuidados com a casa e na educação de Marta que já amava como neta, sendo também sua cúmplice no pedido ao pai, para adoção do cão Achado. Até Diana, sua cachorra da raça Labrador, abanava o rabo parecendo estar concordando com o pedido.

Diante dessas manifestações tão amorosas, Cipriano olhando de um para outro e para o Achado abanando o rabo e pulando frenéticamente para lamber seu rosto, deu uma sonora gargalhada e disse sim.

Agora a família estava quase completa, uma avó para a filha e três cachorros.

Enquanto sua família estava no jardim da casa em momentos de brincadeiras e descontração, Cipriano ia saindo em sua furgoneta para encontrar com a Veterinária Maria Rita, que talvez viesse a ser sua namorada; viu diante da porta do carro, Marta com lágrimas nos olhos, o que ocorria vez ou outra e inesperadamente dizia amá-lo muito como pai e também o Achado abanando o rabo, mostrando interesse em ir junto. Era costume de Cipriano sempre que possível, levá-lo junto, mas dessa vez, olhou bem firme para o cão e disse: - agora não, você não poderá ir junto pois tenho coisa muito importante de humano á tratar.

 

MENSAGEM::-

Encontro de vidas além de laços sanguíneo humano e animal. Acreditar na superação das adversidades  que acontecem em nossa vida independente de nossas expectativas e projetos.