Exercício "O Cão Achado"
Pai – Cipriano Algor – 1° Personagem da narrativa
O cão Achado – 2°. Personagem
Marta – a filha - 3° Personagem
Maria de Lourdes – Narradora
Cipriano era um senhor viúvo, com cinqüenta e cinco anos. Tinha boa saúde, de aparência jovial.. Era loiro, de olhos azuis . Sua fisionomia demonstrava ser uma pessoa alegre e simpática.
Cipriano era dono de uma furgoneta, sempre bem cuidada, o que demonstrava que o seu dono era cuidadoso com seus pertences.
Certo dia numa de suas idas ao Centro ,em sua furgoneta, ele avistou no jardim da praça , deitado na grama um cão, de olhos tristonhos , parecia faminto. Como Cipriano gostava de animais, desceu do carro e estalou os dedos. O cão logo se levantou e latiu alegre, pensando: -“Oba, que bom, arranjei um amigo.”
Cipriano olhou ao redor, não havia ninguém. Ele gostou do cão, agradou-o.
Mas como tinha compromisso com hora marcada em seu Escritório, dirigiu-se apressadamente para a furgoneta.
Ao fechar a porta, notou que o cão o havia seguido e pulava desesperado no pára-choque do carro.
Com dó, Cipriano abriu a porta e logo o cão entrou e se instalou no banco traseiro. Estava feita a “amizade” .
Chegando ao Escritório, determinou trabalho aos empregados, leu o jornal, tomou conhecimento das novidades, leu as cartas comerciais e mandou a Secretária responde-las conforme o determinado.
Despediu-se rapidamente e dirigiu-se a furgoneta. O cão estava deitado no banco traseiro, quando o viu, latiu alegremente.
A furgoneta voava pela estrada. Enfim chegaram a sua residência. Durante o trajeto Cipriano ia pensando em como chamar o cão. Pensou, pensou e encontrou um nome: “Achado” . Esse nome parecia servir como uma luva naquele personagem.
Quando o ronco do motor chegou aos ouvidos de Marta, a filha de Cipriano
se dirigiu correndo para a porta para recebe-lo.
--- Papai, tudo bem? Como foi a viagem? Correu tudo bem?
Ela não esperou pela resposta. Olhou assustada para a furgoneta e se deparou com a figura alegre do animal.
--- Quem é este?
--- É o “Achado”, seu pai respondeu , Ele é o novo habitante do nosso lar.
--- Mas como? Vai nos dar trabalho !
O cão percebendo o jeito de falar de Marta pensou:
--- “Vou ter problemas com esta mocinha”.
Marta era filha única de Cipriano. Era muito bonita . Morena de olhos azuis, iguais aos do pai. Seus cabelos eram de um castanho escuro. Ela se parecia com sua mãe, uma jovem senhora, falecida a alguns meses de uma doença incurável.
Marta tinha muitas saudades de sua mãe, por essa razão seu semblante era tristonho , entretanto ela disfarçava sempre quando estava junto a seu pai, para nãio entristece-lo.
O ambiente da casa era muito alegre antes do falecimento de Júlia, pessoa muito amada pelo esposo e filha.
Marta era desenhista. Seus trabalhos eram belíssimos . Quando prontos, Cipriano levava os sobrescritos, as propostas e os desenhos para o Escritório para serem vendidos. Os negócios eram realizados sempre com sucesso. A renda era satisfatória.
Voltemos a falar do cão. Seguindo Cipriano, ele desceu da furgoneta e entrou na casa.
--- Sou estranho ainda, pensou .
Cipriano chamou:
--- Venha Achado, venha beber água e comer a sua comida.
Dias se passaram. O novo personagem ia se acostumando com o movimento de seu novo lar.
Cipriano quando ia ao Centro chamava Achado para passear na furgoneta. Ele já sabia quando o motor roncava e pensava:
--- Oba, vou passear com meu dono.
Entretanto Marta estava sempre ocupada e não tinha tempo de acarinhá-lo. Ele sentia isso.
Certo dia, aos lhe negar a ida ao Centro, Cipriano lhe disse :-
--- Hoje você não irá, vai ficar em casa, vou a negócios de homens.
Marta acompanhou o pai até a furgoneta para entregar os desenhos, sobrescritos e propostas.
O cão pensou que ela iria até o Centro, mas Marta virou-se e voltou para casa. Seu pai iria sozinho. O cão ficou feliz, não ficaria sem companhia.
Marta foi para a cozinha, sentou-se na mesma cadeira que já estivera trabalhando e muito triste, derramou algumas lágrimas de seus lindos olhos azuis.
Ela sentia saudades de sua querida mãe. Ao entrar na zozinha, o cão notou a tristeza de Marta e pousou sua cabeça sob os joelhos dela.
Marta observando o cão pegou o carvão e traçou no papel os primeiros esboços de sua cabeça. Primeiramente Marta se comoveu com a doçura do cão e passou sua mão sobre sua cabeça. Ele continuava a olhá-la docemente.. Então ela continuou o desenho, sua mão tornava-se firme e a cabeça do cão apareceu-lhe na sua beleza e força.
Depois desse dia, Marta descobriu que nascia uma grande amizade pelo cão Achado, igual a que Cipriano, seu pai, dedicava a ele.
Concluindo, captei a seguinte mensagem ao conviver com a história.
“ O amor que o cão dedica aos seus donos deve ser retribuído , porque ele tem sentimentos.” .