Narrativas visuais

30-07-2015 16:29

 

São José, Estrela D’alva e Raio de Luz

Que seria?
Um grupo de pessoas engajados para o que der e vier unidos pelo mesmo ideal, pessoas que amam a arte, embora com pouco conhecimento e nenhuma técnica, usando o talento que Deus lhes deu, voam bem alto!
Falo sobre o teatro, a música e a poesia, são coisas que tocam aqueles que são mais sensíveis e acabam por realizar ao menos uma parte de tudo isso.
O primeiro grupo de teatro que tentei formar sem nenhuma experiência foi nos anos setenta, era com crianças e alguns jovens. Quando não sabia como fazer procurava dois professores que muito nos ajudou: Maria De Lurdes Pedroso Perin e Kaisser Cassab, sob a orientação deles, o amor e a paciência que tinham para esclarecer aquilo que não entendíamos, ganhamos um pouco de experiência. Quando encontro algum deles a frase é uma só: Como foi bom o nosso tempo! Não consigo esquecer e tenho saudades do nosso grupo de teatro.
Tudo isso aconteceu nos anos 70, foi na pequena cidade de Corumbataí, onde vivi por quinze anos. Sofri e fui feliz lá aprendi um pouco do pouco que sou. O grupo se chamava São Jose o padroeiro da cidade.
Mudei-me para Rio Claro e novamente começamos, devo dizer que eu não era só, tinha cinco irmãos com o mesmo objetivo.
O nome do grupo dessa vez Estrela D’alva e nasceu nos anos 80 na igreja de Sant’Ana, foi muito bom e guardamos muitas saudades.
Casei-me e mudei para o bairro Boa Morte. Novamente comecei a semear entre crianças e jovens e formamos o terceiro grupo “Raio De Luz” este veio mesmo iluminado, havia adultos, jovens e crianças e do grupo nasceu a Banda Da Assunção que tocava nas missas, que é o grupo da foto número um, não mostra nenhuma criança, porque elas participavam apenas do teatro.
Não foi bom, foi maravilhoso! Meus cinco irmãos já não faziam parte, mas um deles ajudava sempre que necessário. Ai era os meus quatro filhos que me ajudavam levando muitas broncas. Participavam de festivais e outras apresentações em outras cidades.
A foto número dois é uma cena de teatro “Da Canção De Bernadete”, a cena é no Centro Cultural em 2002, que encenamos por quatro vezes. A número três mostra uma cena, da Paixão de Cristo no Horto Florestal, na caminhada de sexta-feira Santa.
Em todos esses anos passou – se quase uma vida. Na Ascenção da Banda também participou e continua até hoje meu esposo, ela ainda vive, embora com poucas pessoas. Os jovens daquele tempo se casaram e se espalharam um em cada canto.
Sabem o que tudo isso nos trouxe?  Muita alegria, satisfação, realização, felicidade e muito amor e carinho. Os jovens são todos bons, ninguém se desviou para lado algum. Tudo isso me foi muito importante porque aprendi a viver de outro modo somos uma grande família e ninguém se esquece de ninguém e a qualquer momento o pessoal recomeça. Sentimos muitas saudades do nosso “tempo”, como cada um deles me disseram quando me encontra e vejo em cada par de olhos aquilo que existe em meu coração, é pois um grande triunfo e só posso dizer que sou feliz.
Agradeço a Deus por ter me dado tantas chances de fazer quase tudo que gostava.
Obrigada meu Deus!