Oficinas Março/Abril

06-08-2012 17:38

MARÇO/ABRIL

No mês de março de 2012 trabalhamos com alguns conceitos que definem o modo como estamos no mundo, pois os que escrevem o fazem a partir do seu lugar, debruçados à janela de suas experiências. Como diz Drummond: "O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente." A apreensão dessa vida presente se dá, certamente, através da cognição e de mecanismos intelectuais, mas, também, através das informações advindas do sstema sensorial, dos sentidos. Uma das bases teóricas da nossa aula teórica foi o livro "O olho e o Cérebro", de Philippe Meyer, no qual o autor discute, com base em pressupostos científicos, que a forma de apreender o mundo pelos sentidos é única para cada ser humano. Significando, com isso, que tato,olfato, paladar, visão, audição e propriocepção são como as impressões digitais: cada ser tem suas especificidades. Nas palavras de Meyer:

"A originalidade do vivente é absoluta, não sendo nenhum homem concebido exatamente como outro. (...) Ela representa uma possibilidade de êxito, uma promessa de excepcionalidade e uma obrigação de desenvolvê-la. (...) Não seria melhor contentarmo-nos em decifrar da melhor modo o jardim que nos foi dado, para colhermos os seus frutos e alcançarmos uma beatitude que não será compartilhada por mais ninguém?"

Assim, com base nessas reflexões, os alunos foram convidados a escrever e partilhar um texto, depois de buscarem na memória recuperar aspectos de experiências sensoriais que definem suas vidas e lembranças.

 

Obs. Na imagem, o homúnculo sensorial, representativo dos cinco sentidos e das regiões de maior sensibilidade.